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Antes do Show

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    A compra dos ingressos e a preparação para um festival é crucial, né? Muitos fatores rodeiam as decisões, mas primeiro se acalma que vai dar tudo certo e vem com a gente pra descobrir coisas novas (ou só confirmar que sua opinião é popular, ou não rs). 
   Depois da pandemia, os jovens começaram a demorar mais tempo e tomar mais cuidado com suas escolhas de roupa para shows e festivais de música, afinal eles queriam o look perfeito para a festividade. Esses eventos se tornaram uma nova passarela de moda, onde a cada festival que passa, as roupas se tornam uma das principais preocupações para aproveitar o show.

   E claro, as marcas de roupa se aproveitam disso. Segundo a Meio e Mensagem, o Rock in Rio e o Coala Festival foram palcos não só para artistas nacionais e internacionais, mas também para um novo formato de negócios e relacionamento que utiliza a moda como veículo principal de conexão. Essa é uma forma que as empresas encontraram para aproveitar seu patrocínio a esses eventos, e levar experiências para os potenciais consumidores que estão nesses festivais.

   A C&A não perdeu tempo e logo marcou sua presença no Rock In Rio com um stand. Com roupas caras, ao passar dos anos os jovens se empolgam ainda mais para montar seus outfits e gastam cada vez mais com um dos únicos objetivos sendo o mesmo que o do Instagram, se exibir. Influencers ajudam na disseminação dessa ideia com seus looks que vão de super simples para super ousados. Com muitas pessoas buscando inspiração para novos looks, os vídeos da plataforma TikTok com a trend ‘’Get Ready With Me’’ (Arrume-se Comigo) bombaram. Influenciados pelas redes sociais, e não mais pelas revistas como antigamente, um padrão é imposto involuntariamente e assim faz com que o público se vista de acordo com a moda daquele momento e ainda mais criativa. 
   Esse é o momento que assusta e aflige muita gente, o divisor de águas, ou melhor, a divisão dos palcos. Os palcos dividem os fandoms, os corações do público, e claro, muitas opiniões. 
   No Rock In Rio, Ludmilla chegou chegando e bagunçando a porr* toda com sua apresentação, transformou um dos palcos secundários (Sunset), em um dos shows principais e mais comentados do evento. Sendo a única artista brasileira do Palco Sunset que teve o show reprisado na Globo, Ludmilla trouxe representatividade para a negritude, a comunidade LGBT e resgatou significados com um show histórico, o que incomodou muitas pessoas nas redes sociais, que apontaram que a cantora deveria ter feito parte do Palco Mundo, o principal.

  O mesmo aconteceu com a nossa eterna jovem, Avril Lavigne, que no mesmo evento e palco, superlotou o evento e foi subestimada pelos produtores. Com uma organização de centavos, a caixa de som estava com defeito, o que também incomodou os Little Black Stars (fandom da cantora), aparecendo então, mais uma artista que deveria estar no palco principal. 

   Os produtores levam nas costas toda a responsabilidade de dividir os palcos de uma maneira correta, os fazendo suportar a quantidade de público de uma forma minimamente confortável e não superlotado, para que a gente não dê de cara com o nascimento de um novo Woodstock 99. Se preparar para os shows que você quer assistir é essencial, ver os horários e os palcos que seu artista favorito vai se apresentar é um ritual, mas sinceramente, não seja fã de muita gente. 
   Blogs e sites focados em economia costumam ajudar pessoas a economizarem para que elas possam ir a festivais sem ‘’aperto’’, como por exemplo o blog do Banco Inter.
   "Como a conta vai variar bastante de acordo com o local de saída de cada um, vamos dar algumas dicas gerais para você se planejar financeiramente. Confira!"    

Dicas para você se planejar economicamente e ir aos festivais

   Tornando esses eventos um pouco mais viáveis, mas mesmo assim, sabemos que festivais não são acessíveis para todos. Uma coisa que chocou muitas pessoas foi o fato de que o ingresso do Lollapalooza estava mais caro do que um salário mínimo em 2021, época em que começou a sair os valores dos ingressos para o festival. Segundo o Yahoo Vida e Estilo, "uma inteira comprada online está custando, no total, R$1,135,00 - mais que um salário mínimo, atualmente estacionado em R$ 1,1 mil (2021)". 

   Um levantamento feito pelo economista Lucas Assis, da Tendências Consultoria apontou que 38% dos trabalhadores ganham no máximo um salário mínimo. Levando em consideração o alto valor cobrado pelos ingressos, esse tipo de lazer é inviável para essa parte da população. 
  Somando o dinheiro que seria gasto na roupa, na passagem e hospedagem, na alimentação e consumo a situação fica mais difícil e afasta ainda mais as pessoas desses eventos, o que torna a espera para a virada cultural, por exemplo, ainda maior. Um evento que ocorre uma vez por ano, com artistas grandes, e de forma gratuita para o povo de São Paulo. Focando na periferia, as pessoas conseguem ter acesso à cultura e podem sentir o gostinho de como seria um festival. 
   Para a maioria das pessoas, o que resta é aproveitar o show pela internet, em especial, pelo Twitter. Já que ter acesso à lazer é uma coisa para poucos, a internet se tornou o novo point. Com comentários como se fossem verdadeiros críticos, ou fazendo com que suas tristezas se transformassem em memes, o Twitter poderia se tornar um novo festival. 

Lollapalooza 2022

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